24/11/2025

INSS passa a exigir biometria para novos pedidos de aposentadoria e BPC; mudança será gradual até 2028



O INSS começou a implementar a obrigatoriedade de identificação biométrica para novos pedidos de aposentadoria e para solicitações do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A medida faz parte do processo de modernização dos sistemas de pagamento e verificação de identidade do governo federal.

Segundo o Ministério da Previdência, a implantação será gradual, sem risco de cortes imediatos para quem já recebe algum benefício. A partir de maio de 2026, a exigência de biometria será ampliada para outros programas sociais e trabalhistas, como Bolsa Família, seguro-desemprego, abono salarial, salário-maternidade e auxílio por incapacidade.

Transição até 2027

O governo afirma que a transição precisará ocorrer ao longo a transição precisará ocorrer ao longo de vários anos porque milhões de beneficiários ainda não possuem registro biométrico. Os segurados que já recebem algum benefício só precisarão realizar o cadastro quando forem convocados para revisão, o que deve ocorrer até 31 de dezembro de 2027.

A base principal da nova identificação será a Carteira de Identidade Nacional (CIN). Enquanto o documento não estiver disponível para toda a população, registros biométricos vinculados à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e ao título de eleitor poderão ser usados de forma provisória. A partir de 2028, no entanto, a CIN será obrigatória para concessões e renovações.

Quem fica dispensado

Alguns grupos terão dispensa do cadastro biométrico, incluindo:

  • Idosos acima de 80 anos;

  • Pessoas com dificuldade de locomoção;

  • Moradores de áreas remotas;

  • Migrantes, refugiados e brasileiros residentes no exterior.

Também ficam fora da exigência — por enquanto — quem solicitar salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio por incapacidade até abril de 2026, além de famílias do Bolsa Família já registradas no CadÚnico.

O governo reforça que a biometria deve aumentar a segurança, reduzir fraudes e agilizar o acesso aos benefícios.

22/11/2025

Bolsonaro é preso preventivamente na sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília

Foto: Pablo Porciuncula/AFP


O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22) na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal. A decisão não se trata ainda do cumprimento da pena após ter sido  condenado pela 1ª Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

O ex-presidente foi detido por volta das 6h, e o comboio que o transportava chegou à sede da PF às 6h35. Em nota oficial, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).




Até então, Bolsonaro estava em detenção domiciliar desde que se tornou investigado por suposto risco de fuga no processo que apura tentativa de obstrução de Justiça no julgamento sobre a tentativa de golpe. Nesse inquérito paralelo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também é réu.

Nesta última sexta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que deixou o país rumo aos Estados Unidos para evitar a detenção após a condenação relacionada à mesma trama golpista.

Pressão após vigília convocada por Flávio Bolsonaro


A ordem de prisão preventiva veio um dia após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar. 

Na sexta, a defesa de Bolsonaro protocolou no STF um pedido para que ele permanecesse em prisão domiciliar, alegando problemas de saúde e risco à integridade física do ex-presidente caso fosse levado para um presídio.

“O certo é que a alteração da prisão domiciliar hoje já cumprida pelo peticionário terá graves consequências e representa risco à sua vida”, afirmou a defesa na petição enviada ao Supremo.

21/11/2025

Estudo revela que desigualdade no mercado de trabalho afeta de forma mais severa as mulheres negras no Brasil




A desigualdade no mercado de trabalho brasileiro permanece profunda e tem impacto especialmente mais duro sobre mulheres negras, segundo um estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O levantamento mostra que 3 em cada 10 lares brasileiros — cerca de 24 milhões de residências — são chefiados por mulheres negras. Apesar de exercerem papel central na sustentação das famílias, elas seguem enfrentando as piores condições laborais, com salários mais baixos, maior informalidade e acúmulo de responsabilidades dentro e fora de casa.

Entre os dados mais alarmantes está a taxa de desocupação, que atinge 8% para mulheres negras, o dobro do índice registrado entre homens brancos, grupo que apresenta os melhores indicadores socioeconômicos. Além disso, 39% dessas trabalhadoras — quase 4 em cada 10 — estão na informalidade.

A desigualdade salarial também é expressiva: mulheres negras recebem, em média, 53% a menos que homens brancos, o que representa uma diferença anual de R$ 30,8 mil. O estudo ainda aponta que metade das mulheres negras vive com até um salário mínimo, e 1 em cada 6 atua em atividades domésticas ou de limpeza, setores conhecidos por baixos salários e alta precarização.

A presença em cargos de liderança também é mínima. Apenas 1 a cada 46 mulheres negras alcança funções de direção ou gerência. Entre homens brancos, essa proporção é de 1 em cada 17, evidenciando a profundidade do abismo racial e de gênero no mundo do trabalho brasileiro.

O Dieese alerta que os dados refletem não apenas desigualdades históricas, mas também a necessidade urgente de políticas públicas estruturadas que promovam inclusão, equidade salarial e oportunidades reais de ascensão profissional para mulheres negras no país.

Salário mínimo ideal ultrapassa R$ 7,1 mil em outubro, segundo Dieese




O salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas no Brasil — composta por dois adultos e duas crianças — deveria ter sido de R$ 7.116,83 no mês de outubro. O cálculo é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e considera gastos com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social.

O valor representa um aumento em relação a setembro, quando o salário mínimo necessário foi estimado em R$ 7.075,83. Na prática, o salário ideal é 4,7 vezes maior do que o atual salário mínimo vigente no país, de R$ 1.518.

Para chegar ao cálculo, o Dieese utiliza como referência o preço da cesta básica mais cara entre as capitais brasileiras. Em outubro, o destaque foi São Paulo, onde o conjunto de alimentos essenciais custou, em média, R$ 847,14.

Considerando o salário mínimo líquido — após o desconto de 7,5% da contribuição para a Previdência Social —, o trabalhador remunerado pelo piso nacional precisou comprometer 49,3% do rendimento apenas para adquirir a cesta básica no mês de outubro, praticamente metade do salário.

18/11/2025

Partes da internet estão fora do ar nesta terça-feira




Um problema técnico na Cloudflare deixou partes da internet fora do ar na manhã desta terça-feira (18). A empresa fornece serviços de segurança e conectividade para sites e aplicativos.

Usuários de plataformas que usam a infraestrutura – como X, ChatGPT, Letterboxd experienciaram uma mensagem de erro na tela, que impedia o acesso.

Reclamações da Cloudflare aumentaram
O problema parece ter começado por volta das 8h15 (horário de Brasília). O Downdetector, site que monitora o funcionamento de plataformas e apps, registrou um aumento nas queixas a partir deste horário. Às 9h, já era mais de 3.500 reclamações.

O que diz a Cloudflare?

A Cloudflare mantém uma página de status, por onde atualiza o funcionamento de seus servidores. A empresa escreveu que se trata de um erro generalizado que está afetando vários clientes.

Até às 9h03 (horário de Brasília), a companhia disse estar investigando o problema. Às 9h21, uma nova atualização dizia que estava “observando uma recuperação dos serviços, mas os clientes podem continuar a notar taxas de erro acima do normal enquanto continuamos nossos esforços de correção”. Às 9h37, voltou a atualizar que segue investigando o problema.

A Cloudflare ainda escreveu que está trabalhando com os provedores terceirizados para entender o impacto da falha e mitigá-la.

17/11/2025

13º salário deve injetar R$ 369,4 bilhões na economia brasileira em 2025




O pagamento do 13º salário tem potencial para movimentar R$ 369 bilhões e 400 milhões na economia brasileira este ano, de acordo com estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor corresponde a aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Segundo o levantamento, o rendimento adicional médio será de R$ 3.512 por pessoa. Atualmente, cerca de 95,3 milhões de brasileiros têm direito ao benefício.

Desse total, 59,5 milhões de trabalhadores — o equivalente a 62,5% — atuam no mercado formal, incluindo empregados domésticos com carteira assinada, que somam 1,5 milhão de pessoas.

O prazo para o pagamento da primeira parcela do 13º termina no dia 28 de novembro. Para quem está na empresa há mais de um ano, o valor é integral. Já para trabalhadores admitidos ao longo de 2025, o benefício será proporcional, calculado conforme o número de meses trabalhados.

Na primeira parcela, o empregado recebe metade da remuneração, sem descontos. A segunda parcela, paga em dezembro, inclui os descontos de INSS e, quando aplicável, de Imposto de Renda.

15/11/2025

Luiza Calvet repudia decisão da Câmara Municipal de Santa Rita que torna Aluísio Mendes persona non grata


A Presidente Estadual do Republicanos Mulher no Maranhão, Luiza Calvet, publicou em suas redes sociais uma nota de repúdio após a Câmara Municipal de Santa Rita aprovar, nesta sexta-feira (14), um projeto que declara o deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos-MA) persona non grata no município.

Na publicação, Luiza Calvet classificou a ação como “vergonhosa”, acusou o prefeito e parte dos vereadores de perseguição política e afirmou que a medida não representa a vontade da população santa-ritense. Ela também fez um apelo para que os moradores observem atentamente a postura dos parlamentares envolvidos na votação.

A seguir, a íntegra da nota divulgada pela presidente do Republicanos Mulher no Maranhão:


NOTA DE REPÚDIO


Recebo com profunda indignação a ação vergonhosa capitaneada pelo prefeito de Santa Rita e por alguns vereadores que, servindo apenas a seus próprios interesses, tentam perseguir e silenciar qualquer voz contrária ao grupo político de Milton Gonçalo.

Após atacarem a Presidente Estadual do Mulheres Republicanas, o mesmo grupo agora tenta atingir, de forma rasteira e injusta, o deputado federal Aluísio Mendes, um dos parlamentares mais respeitados do Brasil.

O título de persona non grata aprovado na Câmara é um gesto pequeno, injustificável e que não representa a vontade do povo de Santa Rita.

Em honra ao povo que tornou a mulher mais votada da história de Santa Rita, a liderança estadual das Mulheres Republicanas e braço feminino de um dos maiores partidos do Maranhão e do Brasil, jamais seremos intimidados!

As orações, o apoio e o abraço do povo de Santa Rita e das mulheres maranhenses fortalecem ainda mais as minhas raízes na terra onde nasci, cresci e estabeleci o propósito que guia a minha trajetória.

Que o povo de Santa Rita observe atentamente o mandato de cada vereador que aprovou essa proposição vergonhosa contra a vontade popular e contra Aluísio Mendes, um deputado sério, respeitado e que está sempre a serviço do Brasil e do Maranhão.

A justiça prevalecerá e Santa Rita seguirá firme, sem medo e sem se curvar à perseguição política.

Luiza Calvet - Presidente Estadual do Republicanos Mulher