09/05/2025

Com a Selic a 14,75% ao ano, Brasil mantém posição entre os países com juros reais mais altos do mundo

Foto: Getty Images


O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta semana, em sua terceira reunião do ano, elevar a taxa Selic em meio ponto percentual, passando de 14,25% para 14,75% ao ano. A Selic, considerada os juros básicos da economia brasileira, reforça a posição do país entre os que possuem os juros reais mais altos do planeta.

De acordo com cálculos de um portal financeiro especializado, o juro real no Brasil — ou seja, a Selic descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses — está em 8,65% ao ano, o terceiro maior do mundo. O ranking é liderado pela Turquia, com 10,47%, seguida pela Rússia, com 9,17%. Atrás do Brasil aparecem países como África do Sul (6,61%) e Argentina, que caiu da segunda para a oitava posição, agora com 3,92%.

Quando considerados apenas os juros nominais (sem descontar a inflação), o Brasil ocupa a quarta colocação global, atrás apenas da Turquia (46% ao ano), Argentina (29%) e Rússia (21%). No extremo oposto, Japão e Suíça mantêm as menores taxas nominais, de 0,5% e 0,25% ao ano, respectivamente.

O novo patamar da Selic tende a impactar diretamente o crédito, o consumo e os investimentos no país, reacendendo debates sobre os desafios de equilibrar controle da inflação e crescimento econômico.