O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22) na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal. A decisão não se trata ainda do cumprimento da pena após ter sido condenado pela 1ª Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
O ex-presidente foi detido por volta das 6h, e o comboio que o transportava chegou à sede da PF às 6h35. Em nota oficial, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Até então, Bolsonaro estava em detenção domiciliar desde que se tornou investigado por suposto risco de fuga no processo que apura tentativa de obstrução de Justiça no julgamento sobre a tentativa de golpe. Nesse inquérito paralelo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também é réu.
Nesta última sexta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que deixou o país rumo aos Estados Unidos para evitar a detenção após a condenação relacionada à mesma trama golpista.
Pressão após vigília convocada por Flávio Bolsonaro
A ordem de prisão preventiva veio um dia após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar.
Na sexta, a defesa de Bolsonaro protocolou no STF um pedido para que ele permanecesse em prisão domiciliar, alegando problemas de saúde e risco à integridade física do ex-presidente caso fosse levado para um presídio.
“O certo é que a alteração da prisão domiciliar hoje já cumprida pelo peticionário terá graves consequências e representa risco à sua vida”, afirmou a defesa na petição enviada ao Supremo.

