18/02/2025

Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo: conscientização e prevenção



Nesta terça-feira (18), é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, uma data que reforça a importância da conscientização sobre os impactos do consumo excessivo de álcool. Desde 1967, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o alcoolismo como uma doença, recomendando que seja tratado como uma questão de saúde pública.

O que é o Alcoolismo?

O alcoolismo é caracterizado por uma forte compulsão por bebidas alcoólicas, dificuldade em controlar o consumo, necessidade de doses cada vez maiores para obter os mesmos efeitos e dependência física, que pode resultar em sintomas graves de abstinência.

A neurocientista Drª Emily Pires alerta que, embora socialmente aceito, o álcool pode gerar danos irreversíveis ao sistema nervoso central. “O álcool atua como um depressor do sistema nervoso, prejudicando a comunicação entre os neurônios e afetando o córtex pré-frontal. Isso pode levar à destruição de células nervosas, dificuldades de memória e coordenação motora, além das alterações emocionais e os conhecidos ‘apagões’”, explica a especialista.

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que o consumo de álcool causa, em média, 12 mortes por hora no Brasil. São levadas em conta as estimativas de mortes atribuídas ao álcool da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números totais são de 104,8 mil mortes em 2019 no Brasil. Homens representaram 86% das mortes: quase a metade relacionam o consumo de álcool com doenças cardiovasculares, acidentes e violência. Mulheres são 14% das mortes: em mais de 60% dos casos, o álcool provocou doenças cardiovasculares e diferentes tipos de câncer.

Tratamento e Prevenção

No Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, a reflexão sobre os riscos do consumo excessivo de álcool e a busca por ajuda profissional são passos fundamentais para uma vida mais saudável e equilibrada.

O primeiro passo para o tratamento é o reconhecimento da dependência. Após essa etapa, é fundamental buscar apoio profissional, seja com psicólogos ou psiquiatras, que podem indicar o melhor caminho para a recuperação.

O tratamento pode incluir:

  • Desintoxicação: retirada da substância do organismo com acompanhamento médico;

  • Uso de medicamentos: para controle da compulsão por álcool;

  • Terapia individual ou em grupo: para suporte emocional e reforço de estratégias de enfrentamento.

O apoio familiar também é essencial, já que o alcoolismo afeta não apenas o dependente, mas também seu convívio social.

No ano em que completa 90 anos de sua fundação, Irmandade Alcoólicos Anônimos (A.A), organização mundial sem fins lucrativos fundada em 1935 nos Estados Unidos, segue ajudando milhões de pessoas a reconstruírem suas vidas, vivendo um dia de cada vez longe do álcool. Esse processo não só transforma os membros do A.A., mas também restaura laços familiares, amizades e relações profissionais.

A instituição baseia-se na ajuda mútua e no compartilhamento de experiências entre seus membros, seguindo um programa de 12 passos para a recuperação. O A.A realiza reuniões gratuitas e sigilosas em diversas cidades do Brasil, proporcionando um espaço seguro para quem busca superar a dependência do álcool. Para mais informações sobre reuniões e apoio, acesse o site oficial www.aa.org.br