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Foto: Reprodução |
O Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial é celebrado em 21 de março, uma data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reforçar a luta contra o racismo e promover a igualdade entre todas as raças. A escolha desse dia remonta a 1960, quando um protesto pacífico contra o apartheid na África do Sul terminou em tragédia. As forças militares do país abriram fogo contra os manifestantes, resultando na morte de 69 pessoas e deixando dezenas de feridos no episódio que ficou conhecido como o Massacre de Sharpeville.
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra – composta por pessoas que se autodeclaram pretas e pardas – representa 56% do total de habitantes do país. No entanto, apesar dessa maioria numérica, ainda há uma desigualdade significativa no acesso a direitos fundamentais como moradia, saúde, educação e segurança.
Um dos desafios mais urgentes no combate à discriminação racial é o enfrentamento do racismo institucional, que ocorre dentro de instituições públicas e privadas, afetando a vida da população negra de maneira estrutural. Especialistas defendem que essa luta precisa envolver não apenas o poder público, mas também organizações da sociedade civil e o setor privado.
No Brasil, o racismo é considerado crime inafiançável e imprescritível. A pena prevista é de dois a cinco anos de reclusão, podendo ser dobrada se a infração for cometida por mais de uma pessoa. A conscientização e o combate diário contra todas as formas de discriminação racial são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.