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Reportagem: Larissa Lago
Oito de março é um dia importante para lembrar a luta pelos direitos das mulheres. Entre eles, o direito de trabalhar e ter sua independência. Mas será que o mercado de trabalho apoia as mulheres, especialmente as mais velhas? Foi pensando nisso que Lara Magalhães e Thati Bissoli criaram o Coletivo 45+. Ao analisar o tema, elas descobriram que quando se fala em envelhecimento, as mulheres ainda levam a pior.
“Olha, quando se fala em envelhecimento, as mulheres ainda levam a pior. A pressão por uma aparência jovem, a invisibilidade social e os tabus em torno da menopausa são só alguns exemplos. E isso se reflete no mercado de trabalho, com dificuldades para recolocação, desigualdade salarial, falta de oportunidades de crescimento e até mesmo assédio”, explica Thati Bissoli.
Apesar dos desafios, Thati Bissoli destaca que existe um potencial enorme na geração 45 mais.
“A população está envelhecendo, as empresas vão precisar se movimentar e a expectativa de vida das mulheres é até 8 vezes maior do que a dos homens. Além disso, elas estão cada vez mais empreendendo. Essa geração entre 45 e 55 anos que está no mercado de trabalho tem um papel muito decisivo para os próximos anos. É ela quem vai conseguir mostrar a importância da intergeracionalidade nas empresas, é essa geração que viveu as grandes revoluções tecnológicas e conseguiu se adaptar a todas elas. É assim que vamos virar o jogo”, continua Thati Bissoli.
Nesse dia internacional das mulheres, Lara Magalhães ressalta que é importante refletir sobre o papel das mulheres na sociedade e no mercado de trabalho. Mas também é importante cuidar de outras áreas da vida.
“Além da empregabilidade, a saúde é fundamental nessa fase da vida. É preciso entender as mudanças do corpo e adaptar-se a elas. Alimentação, atividades físicas e atividades que estimulem a criatividade e aprendizado também precisam entrar na rotina. Unir-se a outras mulheres 45+ é outra dica valiosa. A troca de experiências, a amizade e a companhia são bases fortes para envelhecer bem, combatendo a solidão, um dos desafios dessa fase da vida. Precisamos nos unir, seja pela luta, seja pela diversão”, explica Lara Maraglhães.
O dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional das Mulheres pelas Nações Unidas em 1975. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países.
Fonte: MaisNews